Roma, Instituto Guimarães Rosa – Spazio Veredas Ambasciata del Brasile: Cláudia Lima – Fragmetos de Arte Pura – A cura di Luís Neves

Cláudia Lima – Fragmetos de Arte Pura

Cláudia Lima
Fragmetos de Arte Pura

A cura di Luís Neves

Un’esplorazione di tessiture e geografie a partire da materiali organici

Inaugurazione 1 febbraio 2023 ore 18.00

Instituto Guimarães Rosa – Spazio Veredas
Ambasciata del Brasile
Piazza Navona 18 – Roma

Fino al 3 marzo 2023

Il 1 febbraio 2023 inaugura presso Spazio Veredas, lo spazio espositivo dell’Ambasciata del Brasile all’interno dell’Instituto Guimarães Rosa in Piazza Navona, la mostra Fragmentos de Arte Pura dell’artista brasiliana Cláudia Lima, a cura di Luís Neves.  La mostra presenta otto opere inedite realizzate con materiali organici su legno, frutto delle ricerche dell’artista a livello di tessiture e di geografie del suo universo artistico, iniziato a Rio de Janeiro, ma sviluppatosi in Europa (soprattutto a Lisbona, dove vive) negli ultimi tre decenni in stretta connessione con la sua terra natale, il Brasile. Dopo aver esposto in Sud America, Asia, Africa, New York e in diverse capitali europee, Cláudia espone ora per la prima volta le sue opere in Italia, il Paese a cui è legata da un legame ancestrale.

Secondo le parole del curatore, “l’originalità di Cláudia Lima sta nel modo contemporaneo in cui crea e costruisce un universo tessile”. Spiega Luís Neves, “nell’asse spazio/tempo, l’artista lavora il filo nella costruzione del materiale del corpo (opera d’arte) e nella definizione della tessitura. Fili, trame, ragnatele, grovigli, labirinti, intrecci, strutture compongono questo originale universo artistico, dove i materiali – lana, corde, materia organica, vernici, resine – vengono lavorati per materializzarli in una tessitura tridimensionale, anche quando si parla di piano bidimensionale”. 

L’arte di Cláudia Lima nasce da un’influenza vangoghiana e matissiana, passa attraverso i modernisti e la pop art e assume la sua originalità nella contemporaneità, costruendo punti di contatto con Magdalena Abakanowicz, Vieira da Silva, Louise Bourgeois, Fernanda Gomes o Sou Fujimoto. 

Nelle sue opere, il filo del tempo creato dal suo percorso si mescola con il filo materiale, in intrecci che riflettono e interrogano la complessità della comunicazione umana nella contemporaneità. I Frammenti di Arte Pura sono, quindi, testimonianze visive e fisiche dell’intensa dedizione dell’artista alla vita e al mondo.  

Cláudia Lima (Rio de Janeiro, 1956)

Nata a Rio de Janeiro, Cláudia Lima ha iniziato la sua carriera artistica con Ivan Serpa, pittore concretista di Rio de Janeiro. È laureata in Giurisprudenza. Successivamente, negli anni Ottanta, già a Lisbona, studia all’ARCO e vince una borsa di studio della Fondazione Calouste Gulbenkian per frequentare l’École National D’Art Décoratif di Aubusson, in Francia. Da lì ha sviluppato un proprio linguaggio, che si snoda attraverso i tessuti, la pittura e la scultura. Ha seguito una linea di ricerca artistica basata sulla creazione di oggetti scultorei che nascono da una tessitura e acquistano forma e vita, come se fossero modelli di una costruzione per la fruizione sensoriale. Attualmente Cláudia cerca di riflettere su aspetti della contemporaneità come l’identità, l’appartenenza a un luogo geografico, le origini, la condizione umana, le relazioni interpersonali e la guerra.


“Fragmentos de Arte Pura” Cláudia Lima

Luís Neves

Cláudia Lima é uma artista visual cuja obra é uma simbiose entre texturas e geografias. 

O seu percurso criativo passa pela pintura, escultura, tapeçaria, vídeo e instalação. 
Nas obras da série “Fragmentos de Arte Pura”, apresentadas no Espaço Guimarães Rosa, na Piazza Navona, dá conta da sua pesquisa ao nível da textura, da relação sensual com os diversos materiais e os lugares geográficos que a influenciam. 

Depois de ter exposto no Brasil natal, vários países da Europa, Ásia, África e em Nova Iorque, Cláudia entendeu ser chegado o momento de mostrar o seu trabalho em Itália, país a que está ligada ancestralmente, permitindo que o público conheça as geografias do seu universo artístico – iniciado no Rio, desenvolvido em Aubusson, Lisboa (cidade que adotou para viver) e outros lugares do mundo.

Conceptualmente, entendo toda a obra artística de Cláudia Lima como se de uma Tapeçaria se tratasse. No eixo espaço/tempo, a artista trabalha o fio na construção do material do corpo (obra de arte) e na definição da textura. Fios, tramas, teias, emaranhados, labirintos, enredos, estruturas compõem um universo artístico original, onde os materiais – lã, cordas, matéria orgânica, tintas, resinas – são trabalhados de forma a materializá-los numa textura tridimensional, mesmo quando falamos do plano bidimensional. 

O universo têxtil contemporâneo influencia a sua produção e imprime às obras de pintura e escultura vestígios que o tempo não consegue apagar. É uma artista de texturas mas também de geografias, de geografias exteriores que traz para o interior e sintetiza em texturas. 

Há no trabalho da Cláudia uma coerência que só o tempo permite avaliar. Artista do tempo presente, carrega em si muitos outros tempos, sob a forma de influências múltiplas. Nesse sentido, a obra de Cláudia é ela própria um grande fio de tempo que vem de uma influência Van Goghiana e Matiassiana, que passa pelos modernistas e pela pop art e assume a sua originalidade na contemporaneidade, construindo pontos de contato com Magdalena Abakanowicz, Vieira da Silva, Louise Bourgeois, Fernanda Gomes ou Sou Fujimoto. Nas suas peças, esse fio do tempo confunde-se como fio material em emaranhados de fios que refletem e questionam nos objetos (verdadeiras maquetes de uma arquiteta do sentir humano) a complexidade da comunicação humana na contemporaneidade.

A primeira exposição de Cláudia Lima em Itália, na cidade de Roma, é também ela um regresso a uma certa ideia de origem de uma artista do mundo. 

Nascida no Rio, oriunda de uma família mineira com antepassados italianos (seu tetravô Giuseppe Pignataro adotou no Brasil o apelido Pinheiro), Cláudia começou o seu percurso com Ivan Serpa (1923-1973) no MAM da cidade natal. 

Na idade adulta veio para a Europa onde estudou e produziu tapeçaria em Aubusson (França), no anos 80 do século XX, na École National D’Art Décoratif. Aí, aprendeu uma técnica da arte ancestral e iniciou a criação de uma linguagem própria.

Neste percurso europeu, foi seguindo uma linha de pesquisa artística baseada na criação de objetos escultóricos que nascem de uma textura e ganham forma e vida como se fossem verdadeiras maquetas de uma construção para usufruto sensorial e confronto com o mundo. Desde sempre, o fio condutor do trabalho da artista está impregnado de uma influência ética mineira de se relacionar com o mundo, numa visão barroca que filtra a sua relação com Lisboa, Aubusson e todos os outros lugares a que está profissional e pessoalmente ligada, como a Dinamarca e a Suíça. 

A sua produção artística é uma síntese de dois pólos: um mundo infantil e adolescente do seu Brasil natal interiorizado dos procedimentos representativos do ensino de Ivan Serpa e a aprendizagem europeia adulta. Quer em desenhos onde a simplicidade é uma referência e a luz intensa, por vezes geométrica, quer em trabalhos de conceção Matissiana das formas e das cores, numa afirmação estruturadora da bidimensionalidade, como em pinturas ambíguas que anseiam uma tridimensionalidade física escultórica, ou em esculturas e instalações onde por vezes a imagem em vídeo do seu próprio processo criativo participa na obra final, a sua obra é um emaranhado de fios tecidos e ordenados pela sua visão da relação do homem com o ambiente primordial e de si própria com o mundo. 

Liberta de teares e cartões de artista, o mundo visual nestes “Fragmentos de Arte Pura” surge puro, porque resultado de uma pulsão quase expressionista.  

Ao longo dos anos, Cláudia Lima tem vindo a refletir de forma consistente sobre inúmeros aspetos da contemporaneidade como a identidade, a pertença a um lugar geográfico, as origens, a condição humana, as relações interpessoais, a guerra. 

Hoje, como no início, continua a trabalhar árdua e discretamente numa linha de investigação visual coerente que privilegia uma honestidade intrínseca, em detrimento do brilho da fama e do efémero.

Lisboa, 02 de outubro de 2022


INFO

Cláudia Lima
Fragmetos de Arte Pura
A cura di Luís Neves
Inaugurazione 1 febbraio 2023 ore 18.00
Fino al 3 marzo 2023
Orari
: dal lunedì dal giovedì dalle 9.00 alle 21.00 – venerdì dalle 9.00 alle 17.00

Instituto Guimarães Rosa – Spazio Veredas
Ambasciata del Brasile
Piazza Navona 18 – Roma
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Ufficio stampa
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